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Saboroso, rústico e cheio de história, o feijão tropeiro é um prato que atravessa gerações nas cozinhas do sul do Brasil. Trazido inicialmente pelos tropeiros das rotas comerciais entre o Sul e Sudeste, ele foi ganhando adaptações conforme os ingredientes e costumes locais. E no Rio Grande do Sul, não foi diferente: o feijão tropeiro ao estilo gaúcho tornou-se uma refeição robusta, ideal para o campo e para a mesa farta dos CTGs e almoços em família.
Feito com ingredientes simples, mas carregado de sabor, esse prato reúne tradição, praticidade e identidade. Vamos conhecer a origem dessa iguaria e aprender como preparar uma versão tipicamente gaúcha?
O nome “tropeiro” remete aos homens que cruzavam o Brasil colonial transportando mercadorias e gado a cavalo. Como viviam na estrada, precisavam de alimentos que fossem fáceis de preparar, nutritivos e duráveis. O feijão, já cozido e misturado com farinha, carne seca e outros ingredientes, tornou-se a base da alimentação desses viajantes.
Com o tempo, a receita foi ganhando variações conforme as regiões. Em Minas Gerais, por exemplo, ela é mais úmida e temperada com ovos e couve. Já no Sul, especialmente no estilo gaúcho, o feijão tropeiro ganhou toques campeiros, com carnes defumadas, temperos mais fortes e, muitas vezes, servido junto de arroz, ovo frito ou até churrasco.
A versão gaúcha do feijão tropeiro é uma celebração dos sabores do campo. Os ingredientes são comuns nas cozinhas campeiras, o que reforça a conexão do prato com a tradição rural.
Ingredientes básicos:
Opcional: carne de charque dessalgada e desfiada, torresmo, couve refogada ou ovo caipira frito para acompanhar.
1. Prepare os ingredientes:
Se for usar charque, dessalgue-o de véspera, cozinhando e desfiando. Cozinhe o feijão até ele ficar macio, mas firme — ele não pode desmanchar. Reserve.
2. Frite as carnes:
Em uma panela larga ou frigideira de ferro, aqueça um pouco de banha e frite o bacon até dourar. Adicione a linguiça e deixe fritar até ficar crocante. Se for usar charque, junte agora. Retire e reserve.
3. Refogue os temperos:
Na gordura que restou na panela, doure a cebola e o alho. Em seguida, quebre os ovos e mexa até ficarem bem fritos.
4. Misture o feijão:
Adicione o feijão escorrido, misture bem com os ovos e os temperos refogados. Junte as carnes novamente à panela.
5. Incorpore a farinha:
Aos poucos, vá colocando a farinha de mandioca, mexendo delicadamente para não quebrar os grãos de feijão. A textura ideal é úmida, mas com os ingredientes bem envolvidos pela farinha.
6. Finalize com cheiro-verde e pimenta a gosto.
Se quiser, adicione um toque de cominho ou colorau para dar cor e perfume.
O feijão tropeiro pode ser servido como prato principal ou acompanhamento. No campo, ele é tradicionalmente servido com arroz branco, carne assada (muitas vezes sobras de churrasco) e ovo frito por cima — formando um prato completo, nutritivo e com muito sabor.
Em festas campeiras, é comum vê-lo servido em panelas de ferro ou travessas de barro, mantendo a rusticidade da origem. Para quem frequenta CTGs, é prato certo em almoços de galpão e concursos gastronômicos.
O feijão tropeiro ao estilo gaúcho é muito mais que comida — é símbolo de hospitalidade, de raiz campeira e de união. Seu preparo envolve tradição, respeito aos ingredientes simples e carinho com quem vai comer.
É um daqueles pratos que evocam infância, galpão com fogo aceso e mesa cheia de gente rindo e se servindo direto da panela. E, por isso mesmo, nunca sai de moda.
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